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Thursday, 27 June 2013

‘home’ através da música e do cinema

27 june 2013



Sábado passado, 22 de junho, trocamos um jantar com mesa reservada no restaurante brasileiro que abriu aqui em Southampton por um evento cultural na Aspex Gallery, em Portsmouth. A cantora Emily Barker e a artista e cineasta Patti Gaal-Holmes, que são amigas desde 2004, apresentaram uma programação cultural maravilhosa, de graça, na galeria.

O nome do evento ‘home’ sintetiza a idéia de que elas estavam falando de onde é e do que se configura o que elas sentem como sendo ‘lar’, ou onde pertencemos, ou onde nos sentimos em casa. Aqui na Europa esse assunto de procedência e identidade é muito forte, por conta do movimento migratorio que acontece.

Primeiro Patti compartilhou sua história. Em seguida Emily Barker falou e tocou, com os filmes acompanhando as canções. Alguns filmes foram feitos para as canções. E algumas canções ganharam o filme depois, nessa parceria criativa e brilhante. Foi a terceira vez que fui a um evento que combinava música com cinema, e achei fantástico. Adoramos o evento e os trabalhos das duas. Fomos antes a dois outros shows da Emily Barker [de quem sou grande fã], um em Winchester e outro em Salisbury; e de vez em quando encontramos Patti e o marido, Marcus, em shows. Povo inspirado, leve, talentoso.

Patti nasceu na África do Sul, para onde o pai húngaro fugiu da guerra nos anos 1940 com a esposa alemã; tem passaporte belga, é casada com um inglês e mora aqui no Reino Unido, em Portsmouth. Ela concluiu o doutorado em filme no ano passado. Faz uns filmes curta experimentais muito bacanas; e passou os meses de outubro e novembro do ano passado na África do Sul, num programa de residência acadêmica para a pesquisa dela, com a idéia de lar e de identidade. Me parece que essa é uma busca de vida.

Emily Barker tocou canções do disco novo e também antigas, com o filme. Ela é australiana, neta de holandeses, casada com um inglés, e mora aqui no norte, em Cotswolds.

Home foi um evento para poucas pessoas, não mais que vinte. Tomamos café e conversamos com elas na galeria depois do evento. Como iriamos no domingo para Londres procuramos um jantar prático e no nosso caminho. Jantamos no restaurante chinês no Gunwharf shopping, a alguns passos da galeria, naquela noite fria e de vento muito forte. Ah, que programa sensacional. Mil vezes alimentar a alma, hein. Hehehe mas hoje vamos ao restaurante brasileiro. Já tô sabendo que é bom o estabelecimento.

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