18 june 2010
Saramago me impressiona pela beleza de suas palavras e pela sabedoria que questiona e desafia, sem temores. ele dizia que nao acreditava em Deus e foi engracado quando perguntaram a ele em entrevista aa folha de sao paulo no brasil, em dezembro de 2008, se ele tinha mudado a concepcao que tinha de Deus depois que sarou de uma enfermidade grave que teve. ele custou a entender a pergunta, pediu para a repetirem e mais ou menos devolveu a pergunta ao jornalista, 'e porque eu haveria de mudar?'. disse entao que quem lhe salvou foram 'os medicos e aquela senhora que esta ali sentada', referindo-se a Pilar, sua esposa. e se extende nessa resposta com umas palavras que valem a pena gente escutar e refletir sobre.
Saramago nao acredita em Deus, acredita no amor. ele disse lindamente numa entrevista que encontrou o amor quando nem mais pensava que isso iria lhe acontecer na vida. ele e Pilar se conheceram quando ele tinha mais de 60 anos. o amor deve te-lo feito sentir tanta coisa nova. o amor traz uma nova vida, uma vida que nasce das duas vidas em comunhao, mesmo que dali nao haja um rebento. a mim me parece que o rebento eh o olhar de amor que denuncia a alma renovada dos amantes. olha so a felicidade estampada no rosto dele nessa foto.
engracado que to agora pensando na minha linguagem e no trato com os pronomes nesse post. em outras ocasioes eu escrevo e assim vai. tambem nao adianta eu querer acertar. escrevo com amor e respeito a esse genial homem. eu adoro ouvi-lo falar e pensar nas palavras do repertorio dele, tao naturalmente rebuscado, uma sofisticacao nata. ha tanta beleza nos sons de suas palavras. nossa lingua portuguesa eh rica e realmente muito linda. me encho de vaidade de poder pensar que nos falamos a mesma lingua, ou variantes da lingua de Camoes. Paz para voce, Jose.
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