Eu moro em residência da universidade, divido um apartamento de sete quartos com mais seis estudantes: um iraniano, um menino chines, duas meninas chinesas, um americano e um indiano. O final do ano letivo aqui é no meio de junho. Então, nesse período ou você tá começando a arrancar os cabelos por que tem que escrever a dissertação de mestrado e entregá-la no departamento no final de setembro, tá agoniada com o doutorado [presente!], ou vai pra casa no verão, como é o caso da Lu Yang, uma das meninas chinesas que mora no mesmo apartamento onde eu moro.
A Lu andava
estressada com o final do semestre e as tantas coisas para resolver antes de viajar
para a China na sexta-feira, dia 15 de junho. Na quarta-feira, por £20, ela
mandar os pertences dela para um depósito que fica Londres. Eles guardam tudo
pelo verão inteiro. Ela vai voltar no final de setembro, direto para a
Universidade de Liverpool, e eles vão mandar deixar os pertences dela la,
quando ela vai pagar mais 20 libras.
Mandou tudo.
Segundo ela, dois volumes recheados de preciosidades, somando 50 quilos,
incluindo o passaporte. Eu sabia que ela
estava organizando isso. Tô na paz do
meu quarto quando alguém bate à porta. É a Lu, falando com a voz sufocada e os
braços e os olhos em harmonia com o pânico verbalizado: “por favor, me dê uma
idéia, eu tô em pânico. Mandei minhas coisas pra Londres e mandei junto meu
passaporte.”
Eu disse para ela ter calma e sugeri:
plano [a]: para ela
contactar bem cedo na quinta-feira, 14 de junho, o pessoal do deposito e
combinar para ir pegar o passaporte em Londres.
Plano [b]: se não conseguisse
recuperar o passaporte a tempo de viajar na sexta-feira, adiar a viagem por
mais uns dias. Eu só queria que ela entendesse que havia uma saída, porque ela
tava apavorada só de pensar que tudo tinha sido levado para Londres e ela não
tinha ideia de onde ficava o depósito e tava quase no dia da viagem.
O desfecho: ela
falou com eles logo cedo na quinta-feira, pegou o trem e foi até o depósito,
abriu a mala, tirou o passaporte e fechou a mala de novo; agora ela e a mala
estavam prontas para um verão de paz. Lu voltou para Southampton aliviada, por
pouco tempo. Percebeu que tinha perdido, dessa vez, o cartão do banco. Voltou
depressa na estacão de trem: nada. Dessa vez foi mais fácil resolver, porque
ligou para o banco e cancelou o cartão. Lu me autorizou a contar essa historia
dela aqui.
E você, já
sofreu algum golpe do estresse?
nota: esse post esta tambem no meu blog multicultural no portalaz.
nota: esse post esta tambem no meu blog multicultural no portalaz.
Eita, tantos. Lu parece eu nos ultimos dois anos do doutorado. Felizmente isso passa :)
ReplyDelete:-) sei como eh. conheco esse filme.
DeleteHope you get some time for fun as well
ReplyDeleteyes, Mo. i sometimes get some time for fun.
Deletethanks for your visit.