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Monday, 7 January 2013

feliz feliz feliz

7 jan 2013


Estou muito feliz.
Ontem, 6 de janeiro, foi meu aniversário de 50 anos. Mike e eu passamos o fim de semana em Londres para comemorar. Fomos a exibições de fotografias em três galerias de arte, fomos ao teatro ver “O Fantasma da opera”, comemos em restaurantes ótimos, caminhamos pela cidade, fomos a dois pubs excelentes, e fizemos um monte mais de coisas inesquecíveis que Londres proporciona. Ficamos num hotel super bem localizado, em Strand. De lá pode-se ir a muuuuitos lugares caminhando. Adoramos tudo.

Aí viemos embora ontem de noite. Chegamos de volta em Southampton um pouco depois do planejado. Eu estava com muitas idéias na cabeca para escrever posts ótimos para o blog contando tudo. . . só consegui um tempinho para responder a alguns emails urgentes e telefonar para minha familia no brasil. A benção da minha mãe é prioridade num dia de aniversáio; alias, sempre. Coisa boa que minha irmã de coração Manuela já tinha me ligado quando estávamos ainda em Londres.

Me esperava em casa um linda festa surpresa ‘para dois’ com bolo, presentes, vinho, mais outro cartao de aniversario lindo e tal e coisa. Tudo escondido de mim. Como assim esse buquet lindo de flores e essa torta deliciosa e grande entraram em casa e eu não vi nada?
E me perguntei: o que eh mais urgente: ser feliz ou anunciar ao mundo que voce estou feliz?

E estou feliz, muito feliz; agora anunciado. Também fiquei bastante tocada com tanta doçura e carinho de bem mais de 90 anos de tantos lugares do mundo me mandando mensagens de feliz aniversário. Yey!!!

E assim o ano começa com idade nova para mim. Estou feliz, super feliz. Overjoyed.

Tim tim para você comemorar comigo esse momento mágico. 

Friday, 4 January 2013

escavação

4 jan 2013



Terminei o ano de 2012 e comecei o ano de 2013 entregue ao trabalho de escrita da minha tese de doutorado. Porém, meu ritmo é lento, ou não é como eu gostaria que ele fosse.

Como já falei no post anterior sobre o assunto, o escritório enorme aqui, para 17 estudantes pesquisadores, tem sido ocupado basicamente por mim e meu amigo Tee [nome original Khomkrit Tachom. Tee é para o consumo diário], da Tailândia. Tee está concluindo seu trabalho de tese, concluindo mesmo. Deve imprimir a versão final hoje, mandar encardernar e seguir com os procedimentos junto ao escritorio de pós da universidade, logo aqui no andar de baixo, de onde uma cópia vai ser enviada ao examinador externo, que no caso dele vai ser um professor de uma universidade de Londres.

E aí num dia qualquer da semana passada, conversando com o Tee durante um intervalo para almoço, que acontece aqui mesmo no escritório, eu comentei com ele sobre minha constante insatisfação com o volume de trabalho que consigo fazer ao final do dia, quase todos os dias. Também tenho dias de completude, menos frequentes, mas eles acontecem. Tee, como sempre, em seu jeito budista de pensar, me disse: “não se preocupe, Kalina. Simplesmente faça, mesmo que só um pouquinho. Eu também tenho muitos dias assim. O PhD é um processo de escavação. A gente vai cavando e cavando, de um poço. E às vezes a gente não encontra nada”.

Eu sei que só um pouquinho é igualmente valido, e que mesmo não tendo feito muito amanhã vou voltar para o trabalho não para o começo, mas para um conteúdo fresco na minha mente, e familiar, o que faz muita diferença em todas – TODAS - as fases do processo de doutorado.

E assim eu sigo. Trabalhei no Natal e no Ano Novo, e entre os dois, e tô feliz porque consegui ser produtiva nesses dias, porque o serviço é grande e o chão a ainda ser percorrido me parece longo. No momento estou concentrada no capitulo de análise de dados. Aliás, estou pensando em dividir os achados e análise em dois capítulos, a ser acertado com a orientadora. Nem sei quantas horas já se se passaram em que organizo, leio e leio de novo e leio mais uma vez os dados, qualitativos e analiso os quantitativos. Há momentos em que me pergunto o que dizer sobre os achados: os quantitativos considero que já exibem os resultados relevantes de forma explícita. Sobre os qualitativos fico achando que na análise vou me repetir e falar o óbvio. O único consolo é que, quando compartilho essa angústia com qualquer colega, ele/a completa meu pensamento, rindo, dizendo que sente exatemente a mesma coisa. Eu sei bem que organizar os dados é apenas parte da análise, que aqui está caminhando.

E assim caminha a humanidade.